"Se puderes olhar, vê. Se podes ver, repara."
Livro dos Conselhos de El-Rei D. Duarte *
Livro dos Conselhos de El-Rei D. Duarte *
Estava curiosa...
Nunca consegui ler nada do Saramago, muitas vezes me perguntei se era das poucas almas que não se rendiam à escrita do Sr. Nobel...
Não li o livro...
Deve ter sido a primeira vez que vi um filme sem primeiro ter lido o livro. O que acontece a maior parte das vezes é que saio de lá desapontada. Desta vez não li.
Fui ver o filme...
A única coisa que conhecia do argumento, da história, era o que a publicidade em redor do mesmo mostrava: o mundo fica cego, por conta de uma epidemia desconhecida e há uma única mulher que vê.
O facto de se falar nele como um dos candidatos aos óscares, também despontou alguma curiosidade. Depois de o ter visto, se não ganhar nada é uma tremenda injustiça (é a minha opinião..)
Fiquei incomodada...
Acho que é impossivel não ficar.
A visão do mundo, da civilização é assustadora, a degradação da sociedade, o papel daquela mulher...
Nas palavras do autor da obra
"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."
É impossível descrevê-lo melhor!
E o filme fá-lo de uma maneira que nos deixa nesta aflição durante os 110 minutos e depois.
O realizador parece especialista em filmes "difíceis", que nos "choquem" (não se fica indiferente também aos Cidade de Deus e O Fiel Jardineiro)
Os jogos de luz, a escuridão e a claridade, quase parece que o filme é a preto e branco (alías Fernando Meirelles tem características de realização que lhe são peculiares), a fotografia é excelente, a banda sonora ainda adensa mais a complexidade da história.
Fiquei com vontade de ler o livro, de ler Saramago...
* lê-se na contracapa do livro
Nunca consegui ler nada do Saramago, muitas vezes me perguntei se era das poucas almas que não se rendiam à escrita do Sr. Nobel...
Não li o livro...
Deve ter sido a primeira vez que vi um filme sem primeiro ter lido o livro. O que acontece a maior parte das vezes é que saio de lá desapontada. Desta vez não li.
Fui ver o filme...
A única coisa que conhecia do argumento, da história, era o que a publicidade em redor do mesmo mostrava: o mundo fica cego, por conta de uma epidemia desconhecida e há uma única mulher que vê.
O facto de se falar nele como um dos candidatos aos óscares, também despontou alguma curiosidade. Depois de o ter visto, se não ganhar nada é uma tremenda injustiça (é a minha opinião..)
Fiquei incomodada...
Acho que é impossivel não ficar.
A visão do mundo, da civilização é assustadora, a degradação da sociedade, o papel daquela mulher...
Nas palavras do autor da obra
"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."
É impossível descrevê-lo melhor!
E o filme fá-lo de uma maneira que nos deixa nesta aflição durante os 110 minutos e depois.
O realizador parece especialista em filmes "difíceis", que nos "choquem" (não se fica indiferente também aos Cidade de Deus e O Fiel Jardineiro)
Os jogos de luz, a escuridão e a claridade, quase parece que o filme é a preto e branco (alías Fernando Meirelles tem características de realização que lhe são peculiares), a fotografia é excelente, a banda sonora ainda adensa mais a complexidade da história.
Fiquei com vontade de ler o livro, de ler Saramago...
* lê-se na contracapa do livro