"A vida social dos filhos arrasa com a vida social dos pais"
Qualquer mãe/pai hoje em dia sabe que é a mais pura das verdades. Entre as toneladas de trabalhos de casa que todos os dias os miúdos trazem, há ainda os famosos trabalhos de grupo, que se não estou em erro só comecei a fazer por volta da adolescência. Os trabalhos de casa fazem falta mas não em doses industriais. E é vê-los fugir da escravatura a sete pés...e nós a fazer o nosso papel de cumpridores e do "1º está a escola" e lá se vão os momentos em família (um simples assistir televisão). Os trabalhos de grupo que nunca são para fazer em aula (isto é que eu não percebo...sou professora e todos os TG que mando fazer são em aula, porque só assim consigo avaliar a cooperação, a entre-ajuda, quem se esforça mais, etc...óbvio que a outra solução é muito mais fácil) e os trabalhos dos filhos depressa se transformam em reuniões de criançada ao fim-de-semana (lanches incluídos) com os pais a colaborarem mais que o necessário.
Por outro lado, todos sabem dos infinitos compromissos sociais, vulgo festas de aniversário, de qualquer petiz hoje em dia, ás vezes dois ou até três no mesmo dia.
E ainda dos compromissos desportivos que qualquer criança/jovem hoje em dia tem, para não falar de outras coisas como catequese, escuteiros, etc...
E nós???
Andamos numa roda viva entre o ajudar nos TPC e o ajudar nos TG e como há muitos pais que ajudam demais, os nossos querem fazer igual ou melhor e nós claro não queremos ficar atrás... é é ver-nos inventar mil e uma coisas só para "o meu ser melhor que o teu", e os trabalhos de grupo dos filhos transformam-se em trabalhos de pais "o do meu é melhor que o do teu" e até (imagine-se só) se constroem maquetas... E estamos a falar de 4º/5º ano.
Andamos a levá-los à festa da Maria ou do Manel, mesmo que ela seja a 20km de distância e nos roubem uma tarde inteira.
Passamos manhãs, tarde ou até mesmo dias inteiros enfiados num qualquer pavilhão desportivo, ou campo de futebol.
E a nossa vida social???
Perfeitamente acabada. Nada de combinar cafés e reuniões de amigos aos fins-de-semana, fins-de-semana fora nem pensar... Todas as actividades completamente programadas nos intervalos dos imensos afazeres sociais das crianças. Depois com muito azar quando há um espacinho livre nas agendas, um adoece e lá se vão os planos...
E qualquer mãe/pai só quer ver a sua cria feliz e cumpre com estas tarefas até à exaustão.
Eu ainda vou conseguindo sobreviver, a minha parca vida social ainda sobrevive, mas haverá por aí muita morta e não deveria!
Acabei de ver um episódio duma telenovela (que por sinal gostei muito) que passou e está de volta na TV. E não é que em menos de nada este rapaz beija assim de seguida três gajas: a das curtes, a ex e o amor da vida dele.
E assim de repente vem-me à cabeça...porque é que não nasci brasileira, actriz e entrei nesta novela... já agora...
Quase meio mês de Dezembro com gripe (vá-se lá saber qual...), outro meio a tentar recuperar do cansaço causado pela gripe e pelo trabalho e as atribulações próprias da época natalícia (compras e afins). Chega-se aos primeiros dias do novo Ano e quando se quer grande energia para começar em grande...Pimbas! Baixo-me e já não me consigo levantar. Jeito nas costas (quem manda ter defeitos de fabrico), pareço uma entrevada. Nada de pesos, nada de movimentos muito bruscos. Reuniões e mais reuniões das avaliações dos filhos nas respectivas escolas. "Anjinhos" saíram aos tios que eram umas pestes, davam conta da cabeça aos profs com tanta malandrice. Saíram à mãe que fala pelos cotovelos. Queixas dum lado, queixas do outro. Avó doente (gravidade moderada) Tio doente (muito grave) Todos os materiais de trabalho para preparar que durante esta época festiva não houve tempo para mais nada. Com tanta coisa em que pensar chegam as belas das insónias. Voltas e mais voltas na cama, o sono não chega, levantar um sacrifício pois quando adormeço são quase horas de levantar. Gerir o tempo, quando vou fazer isto e quando vou fazer aquilo... não chega! Amigos longe. Amigos que não vejo há tempos. Amigos de quem sinto falta. Maleitas de ordem vária. (Mais cedo ou mais tarde terei que me convencer que estou a ficar "cota" e dar a mão à palmatória)
E assim de repente acho que é tudo...
Agradeço melhorias no estado geral da coisa porque para começo de ano está péssimo.
Fazem-se contas ao que passou, contas ao que se irá passar...
Correu mais um ano. Faço contas à vida: o que marcou, o que ficou de mais importante, o que não correu bem...balanço à vida...
Altura de novas resoluções, de decisões à muito adiadas, de "é desta!"... desde as coisas mais fúteis às mais responsáveis, todos tentamos nesta altura mudar qualquer coisa como se fosse possível um virar de página e por artes de magia tudo se transformasse.
Todos os anos tenho as minhas, umas novas, outras que repito de ano em ano e outras ainda que continuo sem conseguir cumprir. E este ano não será diferente.
A todos os meus amigos desejo um Novo Ano cheio de sucessos pessoais e profissionais, muita saúde e Paz de espírito para enfrentar todos os desafios que nos vão surgindo pela frente.
Para mim é uma história diferente. É a história onde ao invés do habitual nas estórias é a princesa que salva o príncipe...
Levei os meus filhos às tardes em família, o teatro estava cheio de muitas crianças, e quem diz que elas se podem portar mal, que não aguentam, etc... nada disso. Quietinhas...Deslumbradas com os cenários e o guarda-roupa de camponesas, fadas, príncipes e princesas (que é absolutamente fabuloso). Não há perturbação de fundo durante o espectáculo e é vê-los muito pequenos, pequenos e mais crescidinhos deliciados e a perceber na perfeição toda a história. (Eu então...) E o meu mais velho que já tem a mania que é crescido e levou o tempo todo a dizer "que chatice vamos ver ballet" e foi o caminho inteiro de mp4 a ouvir hip-hop adorou e não despregou os olhos do palco um instante.
Estes são para mim os verdadeiros presentes de Natal. Proporcionar-lhes momentos de Magia!
(Áparte: é que estar fechada em casa os sete dias da quarentena dá nisto...para tudo e mais alguma coisa...)
É muito feio ter mau perder.
E eu que até acredito que na maioria destes programas isto é tudo encenações, que está tudo feito para ganhar fulano tal, assim como na maioria dos concursos em Portugal mas pronto, se calhar sou só eu que tenho mau feitio.
Mas até fiquei especialmente satisfeita da rapariga sair, primeiro porque acho que tem a mania e nestas coisas é muito bom e bonito ser-se humilde, depois porque aquela história quando foi ao último concurso estava um bocado mal contada e nem sequer deveria ter chegado aqui pois se calhar havia mais gente que não tinha tido oportunidade e a tivesse desperdiçado e que merecia (mais) talvez estar na final. O outro senhor do júri de quem eu não gosto também, porque é bruto "como as casas" desta vez tinha razão. Isto não são favas contadas. E esta é uma lição não só para os concursos como para a vida. Pode ser que a rapariga a tenha aprendido, ainda que da pior maneira.
"Se, limpando simplesmente as mãos com álcool, se elimina o risco do vírus da gripe A, então se apanhar o virús deverá ser suficiente ingerir bebidas alcoólicas para que este desapareça!!!"
O Pedro, a Vanda e o Vasco acompanham-me todos os dias, de manhã, a caminho de mais um dia de trabalho. A maior parte dos dias divertem-me com tanto "disparate". O meu filho assim que entra no carro diz logo "Mãe põe na Comercial", a maioria das vezes nem percebe as piadas mas acho que sobretudo gosta de me ver rir ainda que eu faça uma figurinha no meio do trânsito. Pois é, às vezes quando eles dizem olha ali aquela Srª no carro ... podia ser eu.
Mas a parte de que eu mais gosto acontece à volta das oito e um quarto: as "músicas para sonhar".
O Pedro e a Vanda têm a mesma idade que eu (o Vasco acho que é mais novinho), por isso aquilo que lhes é tão familiar o é também a mim, crescemos a ouvir as mesmas músicas, a ver os mesmos filmes, as mesmas séries de televisão, os mesmos anúncios, etc. Por isso não é raro apanhar-me a falar sozinha quando eles fazem aquelas perguntinhas sacramentais "lembram-se disto?" e é raro a minha memória de elefante(a) não se lembrar. As nossas memórias são feitas de cheiros, de imagens e muito de sons, muito de música. As minhas pelo menos são. Por isso me divirto tanto.
Sorrio sempre quando oiço os primeiros acordes e quase sempre adivinho a música mas sobretudo quase sempre me faz lembrar momento, e/ou alguém e é talvez por isso que gosto tanto.
Hoje estava muito cansada, a gripe (A?) chegou aqui a casa, não durmo vai para três noites, ando movida a cafés e por isso talvez me tenha sabido, hoje especialmente, bem aquele bocadinho.
A propósito do aniversário de Ralph Machio (o Karate Kid, que eu vi sei lá quantas vezes, por quem eu suspirei, recortei revistas e outras coisas de adolescência) tocou uma das músicas mais ouvidas nos 80's (1986).
A música pois então, lamechas e pirosa que chegue mas com tanta importância na altura. E vieram as lembranças e os momentos e o sorriso nos lábios.
Foi caso para dizer "as coisas que nós gostamos", como disse a Vanda, mas no momento certo e na recordação de histórias ficam lindamente como banda sonora no filme de cada uma das nossas vidas.
Obrigado a esta malta por me animar as manhãs todos os dias sobretudo nos mais difíceis.